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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Como é Ter um Cachorro na Austrália - Parte 1

Tendo crescido apaixonados por cães, é natural que ter o nosso próprio dog era algo que sempre planejamos. No entanto, tínhamos decidido que ficaria pro futuro, quando estivéssemos morando em um casa, já que cachorro e apartamento era uma boa combinação que não nos parecia muito adequada.

Kelly, nossa primeira Foster Dog
Até que, no meio do ano passado, a Mi descobriu uma entidade que resgata cachorros de canis (vou falar mais a respeito dela no próximo post) e os deixa com "Foster Families", que são famílias que topam cuidar temporariamente de um cão até que alguém o veja no site da entidade e se mostre disposto a efetivamente adotar o bichinho. Entramos em contato e decidimos testar a ideia de ser uma Foster Family.

A primeira doguinha que veio foi uma vira-lata muito fofa, a Kelly, que achou um lar em quinze dias. Depois de mais ou menos um mês veio o Alvin, um micro-maltês super-ultra-hiperativo, que também foi adotado rapidinho, em menos de 10 dias. Apesar de termos gostado das experiências, decidimos que realmente não era uma boa ideia, já que tanto a Kelly quanto o Alvin eram extremamente carentes e dependentes e ficavam latindo toda vez que saíamos de casa, o que os causava sofrimento e, obviamente, incomodava os vizinhos.

Alvin, nosso segundo Foster Dog
Mais de dois meses se passaram, a ideia de ter um cachorro ficou pra trás e a vida seguiu, até que um dia a senhorinha que coordena a entidade comentou com a Mi sobre um Shitzu que havia sido resgatado e estava sem Foster Family. Prometemos que seria a última vez, mas aceitamos ser sua Foster Family.

No momento em que a senhorinha chegou em casa com o tal cachorro e ele entrou no apartamento desfilando, todo cheio de si, investigando cada canto da sala e chamando pra brincar com aquele olhar cheio de amor pra dar, eu sabia que não íamos mais simplesmente ser uma Foster Family. Ele veio sem nome, com os pelos sujos e cheios de nós, com uma grave infecção nos olhos, mas seu coração estava intacto, querendo apenas um lar e uma família amorosa. Em alguns dias percebemos que sua personalidade se adaptava perfeitamente a apartamentos, já que ele era super sossegado, ficava sozinho de boa e só fazia necessidades na sacada, onde colocamos um tapetinho canino que tornou a coisa toda bem conveniente.

Batizamos o figura como Steven, levamos pra tosar e dar banho, começamos a tratar seus olhos e iniciamos a papelada da adoção, além de obviamente providenciar o "kit básico": ração, potinhos, coleira, colar de identificação obrigatória (também vou falar a respeito disso no próximo post), brinquedinhos, remédios anti-pulga/carrapatos etc. Segundo o veterinário, os dentes dele indicam uma idade entre 5 e 7 anos.

Steven, a "cereja do bolo"

Tudo isso foi em Setembro e Outubro do ano passado. Hoje, cerca de nove meses depois, costumamos dizer que nossa vida já era fantástica, mas que o ilustre figurinha foi a cereja do bolo. Quem tem/gosta de cachorro vai entender que não exagero quando digo isso.

Vixi... Por fim, a história de como o Steve entrou nas nossas vidas, que a princípio seria apenas o parágrafo de introdução, acabou resultando em um post inteiro! haha... Tudo bem, no próximo post vou falar realmente sobre como é ter um cachorro aqui: a documentação, as obrigações, os custos, além de falar também sobre as entidades de resgate, o impressionante sistema de chips subcutâneos e a incrível inexistência de cachorros de rua.

Falem a verdade: esse post tá ou não tá ANIMAL? Haha... foi mal, mas não podia perder o trocadilho... :-D


11 comentários:

Anônimo disse...

Demais, cara. Só que tem um pet sabe o que tu estás falando. Adotado então... True love. Parabéns pelo blog. Sempre passo por aqui. Abraço, Felipe

TCM.Matos disse...

Cara, muito legal sua atitude.
Parabéns pelo post e mais uma vez pelo blog.
Sucesso.
Também tem um novo integrante aqui em casa.
https://www.youtube.com/watch?v=WtfzAeseuUM
Abraço

Eduardo Slompo disse...

Exato, Felipe, só quem tem e cuida pra saber o quanto a gente se apega a esses bichinhos.

Tiago, massa o vídeo, muito lindo o dog, parabéns!

Anônimo disse...

Curto demais! E o Steven parece ser super "gente boa".
Forte abraço

E.S

Eduardo Slompo disse...

Hahaha... o Steven é gente fina sim, demais da conta! :)

Abraço Eliseu!

Unknown disse...

Du, não sei se vc já pesquisou ou se tem casos de amigos brasileiros que passaram por isso, mas se puder postar algo sobre levar um cão do Brasil p/ Austrália ao se mudar, seria bem legal. Imagino que a viagem seja difícil para eles por causa da duração.

Abraços

Eduardo Slompo disse...

Ótima ideia, cara, vou pesquisar a respeito e colocar na Parte 2. Valeu, abração!!!

Anônimo disse...

Olá udo bem! Meu nome é Cris. Eu e meu marido pretendemos ir estudar na Australia em 2016 e queremos muito levar nosso Dog. Estamos avaliando todo o processo porque não é uma tarefa fácil, sobretudo porque a Australia não aceita animais diretamente do Brasil - mas nada é impossível e diante disso, gostaria de saber como é alugar um imóvel com Pets, se o fato de ter um cão (no meu caso um mestiço de maltes tamanho M) limita muito para fechar uma locação de imóvel??? É comum ter cães por aí?? Pelo que tenho pesquisado me pareceu que os Australianos não são tão simpatizantes com Pets..estou enganada??? Vamos para Adelaide se souber de alguma dica ficaria muito grata. Tenho lido seu Blog e achei muito inspirador e positivo. Parabéns e sucesso!

Eduardo Slompo disse...

Oi Cris,

Alugar com um pet apenas restringe um pouco as opções, já que alguns condomínios não são pet-friendly, mas não é nada grave, tem muito condomínio que aceita dog numa boa.

Sobre os australianos, a impressão que tenho é que tudo depende da região. Aqui onde moramos, na região de North Sydney, os dogs são super bem-vindos nos parques, cafés etc, já que é uma região mais sossegada, bem família. Imagino que essas regiões sejam as melhores pra se ter um dog.

Abraço e boa sorte na jornada!

Ah, não deixe de dar uma conferida no "Post Mais Importante do Blog", o link tá lá em cima. :)

Anônimo disse...

Olá Eduardo é a Cris, obrigada pelas informações, ajudam muito porque é bem difícil encontrar dados reais sobre como é ter cães na Austrália. Sem falar no processo de levar cães brasileiros para o país que somente com muito amor e reservas financeiras, torna-se viável (vou postar minha experiência no outro post). Parabéns pelo seu canal, adorei e já me inscrevi - vc é realmente muito talentoso, merece e com certeza vai longe com este sonho tão maravilhoso - sei o quanto é difícil trabalhar com arte pois sou do ramo, mas é isso aí, tem que acreditar e batalhar para que não seja apenas um sonho. Abraço e prosperidade na sua jornada!!

Eduardo Slompo disse...

Oi Cris,

Legal que curtiu o blog e, principalmente, o canal! :)

Muito obrigado pela força, de coração.

Me avisa quando postar sobre sua experiência de trazer cães do Brasil pra cá, vou querer dar uma olhada! :)